38º 21’ N 07º 24’ O. Estas são as coordenadas da memória e do imaginário. Com dois mil anos de presença histórica, o Castelo da Lousa emprestou o seu lugar à albufeira do Alqueva. Esta exposição marca esse tempo, desde as escavações à proteção e preparação da submersão. Encontram-se e dialogam, por isso, maquetes, desenhos, fotografias, textos, objetos e vídeo, numa língua comum: a da História.
As fotografias de Duarte Belo e José M. Rodrigues, coincidentes no espaço, diferem na experiência do momento do disparo: as primeiras, a preto e branco, fixam a memória do edifício, da pedra e da paisagem. As segundas, a cores, marcam a mudança e a despedida deste monumento tal como era.
Num vídeo que procura dar voz aos lugares, encontramos uma série de depoimentos, que conjugam a vivência e o estudo, a linguagem popular e a erudita, o coração e o intelecto.
Para culminar, o Museu da Luz marca a ponte entre a antiga Luz, o Guadiana e o Alqueva, com o xisto a ser matéria-prima e também vínculo com a paisagem do território e o Castelo da Lousa. Este último, por seu turno, encontra no Museu PO.RO.S novo acolhimento. Com o seu enfoque na romanização, mas também em todo o espaço que um dia foi a Lusitânia, o PO.RO.S é agora o chão destas pedras e memórias, orientando o diálogo entre os tempos.
Em exposição até maio de 2021, a entrada é gratuita.